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A humanidade já viveu três revoluções industriais marcantes: a mecânica (iniciada por volta de 1760), a elétrica (1870) e a computacional (1950). Cada uma dessas revoluções transformou profundamente nossas vidas, revolucionando a sociedade em diversos aspectos. Os avanços tecnológicos dos últimos 250 anos provocaram mudanças exponenciais, impactando áreas como vida social, religião, economia, política, cultura, saúde e educação.
Certamente, o balanço geral é positivo, quando vemos sob o aspecto dos avanços obtidos no desenvolvimento econômico, no progresso social, na saúde e no bem-estar, no desenvolvimento urbano e na infraestrutura, na capacitação e nas oportunidades individuais. Mas impactos negativos ocorreram e alguns foram se ajustando com o tempo, entretanto, convivemos com outros até os dias atuais. Exemplos? A precarização do trabalho, impactos ambientais, a concentração de riqueza, problemas de saúde, estresse mental, depressão, degradação cultural e implicações éticas e políticas.
Para ilustrar este cenário, um dia, em meio a uma conversa sobre tecnologia, um colega, expert em Inteligência Artificial, fez um comentário que realmente me fez refletir:
“Paulo, às vezes não nos damos conta dos incríveis avanços tecnológicos que temos à disposição nas áreas de transporte, comunicação, saúde, educação e entretenimento. A maioria das pessoas, hoje, usufrui de recursos inimagináveis, mesmo comparados aos luxos do reinado de Luís XVI.”
Concordei prontamente. É surpreendente pensar que, em muitos aspectos, nossa qualidade de vida hoje supera em muito a das eras mais gloriosas dos antigos monarcas. Vivemos mais e melhor, desfrutando de tecnologias e confortos que tornariam qualquer rei do passado invejoso, mas não precisamos ir tão longe no tempo. Sou da geração Baby Boomer e, durante a minha vida, experimentei inúmeros impactos tecnológicos que mudaram o comportamento humano.
Mas agora, uma quarta revolução desponta no horizonte: a Revolução da Inteligência Artificial (IA). Este avanço não apenas promete continuar essa tendência de transformação, mas também levanta questões complexas sobre o futuro da humanidade.
Será que a inteligência artificial representará um remédio, melhorando nossas vidas e resolvendo problemas complexos, ou se tornará uma ameaça, criando desafios, incertezas e mais desigualdade social?

Na saúde, a IA já desempenha um papel crucial, auxiliando médicos no diagnóstico de doenças, desenvolvendo novos tratamentos e personalizando cuidados. Na educação, plataformas inteligentes adaptam o aprendizado às necessidades individuais dos alunos, promovendo um ensino mais eficaz.
No entanto, a IA também pode representar riscos significativos. O uso indiscriminado de algoritmos certamente levará à perda de empregos, ao aumento da desigualdade social e até mesmo comprometerá a privacidade e a segurança pessoal.
Adaptabilidade: muitos profissionais já utilizam ou utilizarão a IA como ferramenta auxiliar para aumentar a produtividade, melhorar a qualidade e alcançar melhores resultados em seus respectivos campos de atuação.
Profissionais que trabalham em tarefas de rotina ou repetitivas, trabalhos sem muito valor agregado, trabalhos burocráticos ou operacionais serão substituídos em sua maioria por IA. Por exemplo, profissionais das áreas de atendimento ao cliente, serviços bancários, indústria e manufatura, transporte e logística terão suas posições de trabalho colocadas à prova.
Não está distante o momento em que falaremos do emprego da IA, em larga escala, na logística e transporte com os carros autônomos, veículos de aplicativos e drones para entrega de encomendas. Dá para ter uma ideia do impacto social?
É crucial que abordemos essa nova fase com cautela e responsabilidade. Governos, empresas e indivíduos precisam colaborar para regulamentar o desenvolvimento da IA, garantindo que seus benefícios sejam amplamente distribuídos e seus riscos e impactos minimizados.
A Olos vem há tempos usando a IA para desenvolver e incorporá-la em seus produtos. No entanto, sentíamos que esses recursos estavam restritos a certas áreas da empresa. Queríamos o emprego e o engajamento generalizados de toda a empresa neste novo mundo. Com o objetivo de explicar, desmistificar, aprender e usar criativamente a IA para desenvolver nossas carreiras e negócios, a Olos promoveu um seminário para todos os Olyess. Foi uma tarde em que toda a equipe Olos recebeu os palestrantes Paulo Silvestre e Paulo Grigorovski, dois especialistas no mundo da IA, para conversar sobre esse tema, acolhendo, incentivando e capacitando nossa equipe. Da superação do medo e receio pela informação, começaram a surgir iniciativas interessantes no uso da IA no dia a dia, impactando positivamente a empresa como um todo.
A quarta revolução industrial está aqui. Como vamos navegar por esse novo mundo dependerá das escolhas que fazemos hoje. Por isso, é essencial que todos estejam informados e conscientes, para podermos juntos moldar um futuro onde a IA seja uma aliada e não uma ameaça.